sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Quem inventou que carne de frango tem hormônio?





Quem insiste em afirmar um absurdo desse, é porque atesta ser um tremendo ignorante no assunto. O pior, quem divulga tal afirmativa não possui credenciamento para comentar o que não conhece.  Até aí, tudo bem,  porque, em nosso país, temos liberdade de expressão.  Mas, abusar do seu direito de informar sem conhecimento,  já é demais!
Associar o uso de hormônios com nutrientes, vitaminas, minerais, aminoácidos, etc., na ração de frangos tem sido muito comum ultimamente entre profissionais de marketing e de comunicação, e até mesmo outros profissionais, que não têm conhecimento do que estão afirmando.  A avicultura brasileira NÃO utiliza hormônio na alimentação de suas aves.  E mais, esta prática além de proibida é completamente inviável.

Veja a seguir um artigo do Dr. Mário Penz publicado na revista Avicultura Industrial ed. 1117, em 2003.

Esclarecimento à população
Desde que a produção intensiva de frangos teve seu início, ainda na década de 60, os empresários e os técnicos do setor têm convivido com a avaliação, geralmente de leigos, de que estas aves necessitam da adição de hormônios em suas rações.  Na realidade, quando se trata de manifestações individuais e de pessoas de pouca representatividade pública, as consequências são irrelevantes.  Entretanto, muitas considerações têm sido feitas por médicos, nutricionistas e representantes de entidades protetoras do bem-estar da sociedade e que repercutem mais significativamente.  Esta constatação é absurda e, em algumas circunstâncias, tem comprometido o setor, que fica obrigado a justificar-se quando, na verdade, não há razão para tal, uma vez que a avicultura brasileira não usa deste expediente para ter o desempenho de suas aves favorecido.
O desenvolvimento dos frangos de corte está baseado fundamentalmente em uma intensa atividade de pesquisa na área genética, nutrição, sanidade e no entendimento das relações destes conhecimentos por meio do manejo nas granjas. 
No final da década de 70, os pesquisadores, a partir dos dados de desempenho observados no passado próximo, podiam prever que os frangos, a cada ano, precisariam um dia a menos para atingir o mesmo peso obtido no ano anterior.  Esta estimativa vem se confirmando e tudo indica que, pelo menos até os próximos anos, estes valores continuarão sendo observados.

Proibido por Lei:
Tentando justificar o absurdo, gostaria inicialmente de sustentar minha argumentação pelo lado legal do uso de hormônios ou de substâncias citadas como quimicamente semelhantes aos hormônios.  No Brasil, o emprego destas substâncias é proibido.  Desta forma, não há a possibilidade de livre comércio das mesmas em nosso País.  Sendo assim, o primeiro impasse que a indústria avícola teria que superar seria o contrabando contínuo e sistemático de produtos que tivessem hormônios em suas composições.  Pelo tamanho da indústria avícola brasileira e pelo volume de ração produzido para frangos de corte no Brasil (cerca de 10 milhões de toneladas de ração/ano) este comércio seria impossível de ser mantido sem que ocorresse qualquer denúncia clara, objetiva e não simples especulações levianas do emprego sistemático dos mesmos.

Desenvolvimento genético
Outro aspecto importante, e que não pode ser ignorado, é que um número significativo de empresas avícolas brasileiras exportam frangos de corte para vários países do mundo.  A propósito, nosso País é o segundo maior exportador mundial, perdendo em volume somente para os Estados Unidos da América (dados de 2003).  Como a indústria brasileira poderia correr esse risco de ter seu produto condenado pela presença de alguma substância que viesse a comprometer a qualidade do produto exportado?  Aliás a cautela da indústria brasileira é muito grande e várias substâncias químicas, além de hormônios, que não são aceitas internacionalmente não são usadas, mesmo nas rações de frangos que serão consumidos no Brasil, para evitar qualquer risco de contaminação cruzada.
Então, a pergunta que fica é: por que as aves produzidas pela indústria avícola brasileira são tão precoces e tão diferentes daquelas produzidas de forma extensiva, ou em fundo de quintal (como as galinhas caipiras)?
Os frangos de corte produzidos pela indústria avícola, embora da mesma espécie daqueles produzidos extensivamente, são oriundos de linhagens comerciais que vêm sendo geneticamente desenvolvidos ao longo dos anos, e resultado de intensas pesquisas, exatamente para serem mais precoces e produzirem carcaças de melhor qualidade.

Cor diferente e gordura menos consistente
Outra indagação frequente é: por que as carcaças de frango de corte produzidas pela indústria avícola são, muitas vezes menos amarelas, mais pálidas, e têm uma gordura menos consistente que aquela das aves produzidas no fundo do quintal?  A resposta para isso é muito simples e, mais uma vez, nada tem a ver com o emprego de hormônios.  A pigmentação dos frangos tem sido menos intensa pelo uso de alimentos alternativos que não dispõem de pigmentos nas suas composições e que terminam sendo absorvidos pelas aves como aqueles que têm milho, alfafa, etc.  Entretanto, deixar um frango pigmentado é muito fácil.  Porém a coloração amarela em nada altera a qualidade nutricional da carcaça.  Esta característica é puramente estética e há países como o México e a Argentina que preferem carcaças mais pigmentadas que aquelas produzidas no Brasil e em alguns países europeus. 

Outras considerações:
1º ) Os hormônios de crescimento são substâncias proteicas e se fossem usadas nas dietas não teriam efeito farmacológico, pois seriam quebrados/destruídos pela digestão das aves.  Portanto, seria pouco inteligente usá-los em dietas, pois não teria eficácia.  Também não podem ser injetados, pois imaginem só, injetar aproximadamente 5 bilhões de pintinhos.  Seria uma tarefa insana e dispendiosa, consumidora de mão de obra e desnecessária.

2º ) O maior ganho de peso das aves é originário de mais de 40 anos de pesquisas em seleção genética, determinação de exigências nutricionais e balanceamento de cada nutriente da dieta, ambiência adequada com controles de temperatura, umidade do ar e ventilação das instalações, monitoria e controle de doenças da produção e zoonóticas e, adequado manejo da produção, transporte e transformação do frango em carne.

3º ) A maior parte da carne de frango é produzida em grandes empresas integradas ou cooperativas, às quais adotam práticas de manejo e controles rígidos de produção a fim de produzir uma ave sadia e não estressada.  O frango é criado em galpões construídos e equipados para prover condições ambientais ideais para melhorar o bem-estar e o conforto das aves.  São alimentadas com rações balanceadas, à base de milho, farelo de soja, minerais e vitaminas.  A nutrição das aves é uma ciência altamente desenvolvida e sofisticada, sendo que o conhecimento existente, hoje, nessa área, é bem mais avançado que na própria nutrição humana.

4º ) O abate é realizado em frigoríficos altamente tecnificados, sendo cada vez maior o grau de automação das operações de abate e processamento.  As práticas de higiene empregadas na manipulação da carne são extremamente rígidas.  Boa parte das indústrias adota programas de redução de riscos e de controle de pontos críticos HACCP , bem como outros procedimentos sugeridos pelo Codex Alimentarius, órgão da FAO, encarregado de elaborar normas para a produção de alimentos.
Durante o abate e o processamento, existe a inspeção sanitária realizada por médicos veterinários do governo.  No Brasil, mais de 70% das aves abatidas são inspecionadas pelo SIF, Serviço de Inspeção Federal.  O restante, conta com a inspeção de veterinários dos governos estaduais ou municipais.  De acordo com a legislação em vigor, para ser exportada ou comercializada fora do Estado de origem, a carne deve ser inspecionada pelo SIF.  Além de todo esse rigor na produção, como a carne de aves  não é consumida crua, o risco de intoxicação alimentar devido à contaminação bacteriana é praticamente zero, uma vez que o calor do cozimento, da fritura ou do processo de assar elimina a maior parte das bactérias eventualmente existentes. 
um frango atinge o peso de 2.300 gramas com 40 dias de idade.  Isso é fruto de um intenso trabalho de seleção e melhoramento genético realizado nos últimos anos, bem como do manejo e da nutrição balanceada.  Essa velocidade de crescimento NÃO tem nada a ver com a utilização de hormônios, como pensam muitas pessoas.  Como vimos, além de ser proibido no Brasil, o uso de hormônios é totalmente inviável, pois não há tempo hábil para que haja efeito nas aves, devido ao ciclo de vida curto do frango.

Por todo esse exposto, afirmações negativas cada vez mais frequentes sobre problemas com a qualidade do frango brasileiro têm deixado produtores, técnicos e cientistas perplexos com o grau de desinformação de alguns setores da sociedade.
Infelizmente, a confusão surgiu com o termo promotor de crescimento, utilizado na avicultura para designar alguns produtos que às vezes são empregados na alimentação das aves.  São os antibióticos ou outros antimicrobianos que, colocados na ração, têm como objetivo diminuir a flora bacteriana indesejável existente no aparelho gastrintestinal.  Com isso, melhora o aproveitamento do alimento ingerido e a saúde das aves.  E que em nada interferem na saúde humana.

O consumidor pode ficar tranquilo.  O controle de qualidade das empresas e do governo é extremamente rígido a fim de garantir a oferta de um alimento saudável e seguro.  A carne de frango produzida no País tem qualidade e é um produto saudável e indispensável na mesa do brasileiro.  Continuando com preço baixo e acessível a todas as camadas da população, comparada às carnes bovinas, a carne de frango estará ajudando a criar gerações de brasileiros melhores alimentados e nutridos.  Continuando a ser exportada, ajudará a equilibrar a balança de pagamentos do País, trazendo dólares e divulgando o nome do Brasil no mundo



Fonte: aviculturaindustrial.com.br
          Dr. Mário Jorge Penz, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
          Professora Doutora Vera Moraes, Zootecnista da UNESP - Jaboticabal - SP 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O que são gorduras TRANS



Alimentos industrializados contribuem com a depressão


Gorduras trans (ou ácidos graxos trans) são formadas quando se adiciona hidrogênio ao óleo vegetal, num processamento conhecido como "hidrogenação".  São encontradas nas margarinas, cremes vegetais, biscoitos, snacks (salgadinhos prontos), produtos de panificação e, alimentos fritos e lanches salgados que utilizam gorduras hidrogenadas.  As gorduras trans são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação natural (ocorrido no rúmen de animais) ou industrial.  Estão presentes principalmente nos alimentos industrializados, como vimos acima.  Os alimentos de origem animal como a carne e o leite possuem pequenas quantidades dessas gorduras. E para que servem as gorduras trans?  As gorduras trans formadas durante o processo de hidrogenação industrial transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente e são utilizadas para melhorar a consistência dos alimentos, e também aumentar a vida de prateleira de alguns produtos.
Sabemos que esse tipo de gordura faz mal para a saúde pois pode causar o aumento do colesterol total e ainda o colesterol considerado ruim - LDL, e reduzir os níveis de colesterol bom - HDL.  

Criada para dar mais sabor, melhorar a consistência e prolongar o prazo de validade de muitos alimentos, a gordura trans está presente na composição de boa parte dos industrializados comestíveis, das bolachas recheadas às batatas fritas, passando por bolos, pipocas de microondas, sorvetes, margarinas e salgadinhos de pacotes.  Facilita a vida da indústria, disso ninguém duvida, mas está cientificamente comprovado que prejudica a saúde do consumidor. A gordura trans passou, nos últimos anos de grande aliado da indústria de alimentação a vilão da vez, quando se pensa em alimento saudável.  Poucas foram, entretanto, as empresas que já conseguiram bani-lo definitivamente de suas receitas.  A maioria ainda está em busca de soluções de baixo custo, que tragam  resultados semelhantes aos oferecidos pelo seu uso.

No Brasil, margarinas como Becel, Doriana, Delicata e Qualy Light saíram na frente e se apresentam como produtos livres de gorduras trans.  Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), um alimento só pode ser considerado zero trans quando apresentar uma quantidade menor ou igual a 0,2 grama.

Apesar do alarde feito aqui e no exterior, a Dinamarca ainda é o único país que declarou oficialmente a gordura trans uma substância ilegal.  A vilã foi riscada do cardápio há algum tempo, levando os pequenos fabricantes de chocolates caseiros e as grandes indústrias a buscar novas alternativas para sua produção, sem perder a qualidade, o sabor e a validade.
De acordo com o Dr. Renato Grimaldi, especialista do laboratório de Óleos e Gorduras da Faculdade de Engenharia de Alimentos, da UNICAMP, a substituição das gorduras atuais parcialmente hidrogenadas com alto teor de trans pelas gorduras de baixo teor trans requer, em alguns casos, a alteração de boa parte das formulações, a fim de garantir a mesma performance final do produto.

"O desafio para os fabricantes de alimentos consagrados no mercado é fazer essa mudança sem que haja alteração da qualidade e do aspecto sensorial, itens fundamentais para o consumidor final", diz o especialista.  Segundo ele, para evitar a oxidação é necessário, também, o uso de antioxidante, a fim de não diminuir o prazo de validade.  Acreditar que a substituição da gordura trans é impraticável é um grande erro, dizem os estudiosos.  

Segundo o Dr. Grimaldi, praticamente todas as aplicações envolvendo o produto podem ser substituídas por gorduras com baixo teor de isômeros trans (cadeia de igualdade molecular).
"Uma das maiores barreiras da alteração imediata é o custo", declara.  "Na maioria das vezes, os novos ingredientes  (como por exemplo, o óleo de palma, também conhecido como óleo ou azeite de dendê), custam 25% mais, levando as empresas a readequar suas formulações".

A gordura trans está no topo da pirâmide, indicando que deve ser o tipo menos consumido. Na base, como a melhor gordura, está a gordura monoinsaturada.

Para controlar o consumo de gordura trans temos um aliado importante como a leitura dos rótulos dos alimentos que permite verificar se o que estamos consumindo são ou não ricos em gorduras trans.  A partir disso, deveremos preferir os de menor teor ou de preferência que não as contenham.

O valor de gorduras trans deve ser declarado em gramas presentes por porção de alimento,   A porcentagem do Valor Diário de Ingestão (%VD) de gorduras trans normalmente não é declarada porque não existe requerimento para a ingestão destas gorduras.  Ou seja, não existe um valor que deva ser ingerido diariamente.  A recomendação é que seja consumido o mínimo possível.  Não se deve consumir mais de 2 gramas de gordura trans por dia.  É importante também verificar a lista de ingredientes que compõe o alimento.  Através dela é possível identificar a adição de gorduras hidrogenadas durante o processo de fabricação.

A solução seria banir a trans da alimentação, como sugerem os nomes de organizações não-governamentais como a Ban Trans Fat e a Trans Free America? Na vida real, as coisas não funcionam assim. A questão não é abolir, mas tentar reduzir ao máximo o consumo de gordura trans. A dificuldade é saber quais alimentos a contêm e em qual quantidade. Para tentar resolver esse problema, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou que, a partir de 1º de agosto de 2006, as empresas devem especificar nos rótulos o teor de gordura trans de seus produtos.

De acordo com a nutricionista Vera Lúcia Chiara, uma questão que está sendo muito debatida é se gestantes e crianças devem consumir gordura trans. "Os ácidos graxos trans competem com um tipo de gordura insaturada, o ácido linoleico, que nosso organismo não produz. Isso atrapalha a produção de outras gorduras que são essenciais ao desenvolvimento neurológico do feto e da criança", explica a nutricionista.
Por não ser necessária ao organismo, não há um valor recomendado de gordura trans a ser ingerida, o ideal é consumir o mínimo possível. "Não é como as fibras ou os carboidratos, para os quais há um valor diário recomendado", diz Antonia Aquino, gerente de produtos especiais da Anvisa.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a ingestão de gordura trans não ultrapasse 1% do valor calórico da dieta. Como cada grama de gordura equivale a nove calorias, um adulto que consome 2.000 calorias diárias não deveria ultrapassar 2 g de gordura trans (o equivalente a menos de 100 g de biscoitos recheados).


Rotulagem Terminou em 26 de julho deste ano o prazo para que as indústrias do setor alimentício mudem os rótulos das embalagens dos produtos e acrescentem a quantidade de gordura trans presente nos alimentos.

Além disso, a norma da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também determina que os rótulos informem o valor energético e a quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras totais e saturadas, fibra alimentar e sódio presentes no alimento.

Até o dia 31 de dezembro, as empresas que fabricarem produtos em desacordo com a resolução da Anvisa serão notificadas. A partir de 1º de janeiro, porém, os fabricantes que não cumprirem as regras ficarão sujeitos às multas que vão de R$ 2.000 a R$ 1,5 milhão
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ALGUMAS DÚVIDAS


As gorduras são indispensáveis na alimentação?

A Organização Mundial de Saúde recomenda uma ingestão diária de gordura, de cerca de 30% do valor calórico total. As gorduras asseguram as funções vitais do nosso organismo.

O que consumir? Gorduras de origem vegetal ou animal?

As gorduras vegetais são ricas em gorduras insaturadas (monoinsaturadas e polinsaturadas) e são isentas de colesterol. As margarinas e os cremes vegetais para barrar e cozinhar são isentos de gorduras parcialmente hidrogenadas e não contêm ácidos gordos trans. As gorduras de origem animal (manteiga, natas) são compostas, essencialmente, por gordura saturada, colesterol e por gorduras trans.

Porque são saudáveis as gorduras vegetais?

Isentas de colesterol e de trans, ricas em gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas, as gorduras de origem vegetal são mais saudáveis devido à sua composição. Estudos demonstram que podem ajudar a controlar os níveis de colesterol, destacando-se o seu papel na prevenção das doenças cardiovasculares. Ajudam também no correcto desenvolvimento cognitivo e sistema imunitário, entre outros.

As gorduras saturadas são prejudiciais à saúde?

O consumo elevado de gorduras saturadas (de origem animal) aumenta os níveis de colesterol no sangue, contribuindo para o “entupimento” das artérias e provocando doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro.

Onde podemos encontrar os diferentes tipos de gordura?

Nos alimentos de origem animal, existe, maioritariamente, gordura saturada. Contrariamente, nos alimentos de origem vegetal, prevalecem as gorduras insaturadas (monoinsaturadas e polinsaturadas). Para reduzir o consumo de gordura saturada, consuma menos carnes gordas, enchidos e produtos lácteos gordos. As gorduras monoinsaturadas encontram-se no azeite e óleo de amendoim, nas amêndoas e nas azeitonas. As gorduras polinsaturadas dominam a composição dos óleos vegetais como os de girassol, milho ou soja, presentes nas margarinas e cremes vegetais para barrar e cozinhar, e nos peixes gordos (sardinhas, salmão, cavala, atum, etc.).

Margarinas e Cremes vegetais

Quando o valor total de gordura é inferior a 80%, as margarinas designam-se por cremes vegetais para barrar ou cozinhar. Se os valores de gordura forem inferiores a 40% denominam-se por cremes vegetais para barrar light.

Gordura insaturada

Constituída por ácidos gordos monoinsaturados e polinsaturados, tem um papel preponderante e activo na nossa saúde, nomeadamente na saúde cardiovascular. A substituição de gorduras saturadas por insaturadas ajuda a diminuir o nível de mau colesterol no sangue.

Gordura polinsaturada

A gordura polinsaturada (Ómega 3 e 6), é reconhecida como um ácido gordo essencial. É uma gordura necessária ao crescimento do feto e das crianças, manutenção celular e desenvolvimento cerebral favorecendo uma boa acuidade visual. Presente em óleos vegetais, margarinas/cremes vegetais para barrar e cozinhar e peixe gordo.

Acidos gordos essenciais

Gorduras polinsaturadas (Ómega 3 e 6) são essenciais porque o nosso organismo não é capaz de os produzir. A única forma de os obter é através da alimentação. Fundamentais à nossa saúde, devem ser consumidos diariamente.

Gordura monoinsaturada

Importante para as membranas celulares, pois oferece resistência ao aquecimento, não é considerada um ácido gordo essencial porque o nosso organismo é capaz de a sintetizar. Encontra-se no azeite, em alguns peixes e frutos gordos.

Gordura saturada

Associada ao aumento de risco de doenças cardiovasculares, de colesterol sanguíneo (em particular o colesterol LDL) e alguns tipos de cancro, reconhece-se pelo facto de ser sólida à temperatura ambiente. Presente na manteiga, natas, leite gordo, queijos gordos, produtos de charcutaria gordos e gordura de carne de vaca. O seu consumo deve ser limitado, não ultrapassando 10% da energia total diária.

Gordura hidrogenada

Resultado da transformação da gordura líquida em sólida. Neste processo formando ácidos gordos trans, um tipo de gordura que é prejudicial à saúde.  As margarinas e os cremes vegetais para barrar e cozinhar não passam por um processo de hidrogenação.

Gordura trans

Os ruminantes produzem ácidos gordos trans durante a sua digestão. Por isso, a sua carne tem gordura trans, bem como os seus derivados. Industrialmente, os ácidos gordos trans resultam da transformação das gorduras líquidas em sólidas (hidrogenação). Durante a fritura a altas temperaturas, também se podem formar ácidos trans, recomendando-se o uso de gorduras adequadas ao aquecimento. As gorduras trans estão geralmente presentes em bolachas e em refeições pré-preparadas.
Fontes:
http://www.unilever-jm.com/brands/hygieneandwelbeing/Vida-saudavel/Duvidasgorduras.aspx

http://www.engalimentos.com.br/post/2011/03/02/Perfil-nutricional-de-alimentos-com-alegacao-de-zero-gordura-trans.aspx

http://www.queijosnobrasil.com.br/gordura-trans.html